Recentemente, vários treinadores ocuparam o cargo na Seleção Brasileira. Após a saída de Tite, que ficou no comando entre 2016 e 2022, foram dois treinadores interinos até a chegada de Dorival Júnior.
Conheça a linha do tempo de treinadores da Seleção Brasileira masculina da futebol!
Quem já foi técnico da seleção brasileira?
Ao longo de sua história de mais de cem anos, a Seleção Brasileira teve diversos treinadores diferentes. Fundada em 1914, o combinado de jogadores do Brasil só foi ter um técnico designado especificamente para a função em 1923, quando Chico Netto assumiu oficialmente o comando.
Desde então, mais de 50 profissionais comandaram o Brasil entre interinos e oficiais. Dentre eles, estão nomes consagrados do nosso futebol como Zagallo, Telê Santana, Osvaldo Brandão, Luiz Felipe Scolari, entre outros.
Diferentemente de hoje em dia, que as seleções tem calendários bem definidos e programações específicas, durante muito tempo as equipes nacionais se reuniam de maneira esporádica.
Dessa maneira, até meados dos anos 1970, a Seleção Brasileira teve uma porção de treinadores diferentes e diversos anos sem treinador, pois a equipe não tinha calendário.
Além disso, nos anos 1950 e 1960, vários times especiais representaram o Brasil. Por exemplo, Filpo Núñez e sua equipe do Palmeiras em 1965 foram os representantes do Brasil em uma partida amistosa contra o Uruguai.
Linha do tempo de treinadores oficiais da Seleção Brasileira de 1923 até 2024:
- Chico Netto: 1923;
- Joaquim Guimarães e Ramón Platero: 1925;
- Laís: 1928 a 1929;
- Píndaro de Carvalho: 1930;
- Luiz Vinhaes: 1931 a 1934;
- Armindo Nobs Ferreira: 1934 a 1935;
- Adhemar Pimenta: 1936 a 1938;
- Carlos Nascimento: 1939;
- Sylvio Lagreca: 1940;
- Jayme Barcelos: 1940;
- Adhemar Pimenta: 1942;
- Flávio Costa e Joreca: 1944;
- Flávio Costa: 1944 a 1950;
- Zezé Moreira: 1952;
- Aymoré Moreira: 1953;
- Zezé Moreira: 1954 a 1955;
- Osvaldo Brandão: 1955 a 1956;
- Teté: 1956;
- Flávio Costa: 1956;
- Osvaldo Brandão: 1957;
- Sylvio Pirillo: 1957;
- Pedrinho: 1957;
- Vicente Feola: 1958 a 1960;
- Gentil Cardoso: 1959;
- Foguinho: 1960;
- Aymoré Moreira: 1961 a 1963;
- Vicente Feola: 1964 a 1966;
- Carlos Froner: 1966;
- Aymoré Moreira: 1967 e 1968;
- João Saldanha: 1969 a 1970;
- Zagallo: 1970 a 1974;
- Oswaldo Brandão: 1975 a 1977;
- Cláudio Coutinho: 1977 a 1979;
- Telê Santana: 1980 a 1982;
- Carlos Alberto Parreira: 1983;
- Edu Coimbra: 1984;
- Evaristo de Macedo: 1985;
- Telê Santana: 1985 a 1986;
- Carlos Alberto Silva: 1987 a 1989;
- Sebastião Lazaroni: 1989 a 1990;
- Paulo Roberto Falcão: 1990 a 1991;
- Carlos Alberto Parreira: 1991 a 1994;
- Zagallo: 1994 a 1998;
- Vanderlei Luxemburgo: 1998 a 2000;
- Emerson Leão: 2001;
- Luiz Felipe Scolari: 2001 a 2002;
- Carlos Alberto Parreira: 2003 a 2006;
- Dunga: 2006 a 2010;
- Mano Menezes: 2010 a 2012;
- Luiz Felipe Scolari: 2013 a 2014;
- Dunga: 2014 a 2016;
- Tite: 2016 a 2022;
- Ramón Menezes (interino): 2023;
- Fernando Diniz (interino): 2023 a 2024;
- Dorival Júnior: 2024 até hoje;
Treinadores com mais jogos pela Seleção Brasileira
Dentre tantos treinadores da história, alguns se destacam pelo maior número de jogos comandando a Amarelinha. Primeiramente, Zagallo é o treinador com o maior número de jogos pela Seleção. Ao todo, foram 126 partidas em que o Velho Lobo esteve à frente do time brasileiro, vencendo 90, empatando 26 e perdendo dez.
Em segundo lugar, Carlos Alberto Parreira tem um total de 112 jogos no comando do Brasil. No geral, foram 61 vitórias, 37 empates e 14 derrotas para o técnico. Logo depois nessa lista, Dunga tem 83 partidas dirigindo a Canarinho, com 57 vitórias, 17 empates e nove derrotas.
Por fim, Tite e Aymoré Moreira completam a lista de cinco treinadores que mais comandaram a Seleção Brasileira na história. Tite treinou o Brasil em 81 jogos, com 60 vitórias, 15 empates e seis derrotas. Por outro lado, Moreira esteve no banco em 63 partidas, com 39 vitórias, nove empates e 16 derrotas.
Nomes como Luiz Felipe Scolari, Telê Santana, Vicente Feola e Flávio Costa vem logo em seguida, todos com pelo menos 50 jogos no comando da seleção pentacampeã.
Quais foram os técnicos do Brasil nas Copas do Mundo?
Treinadores da Seleção Brasileira nos primeiros mundiais
Em resumo, 13 técnicos comandaram a Seleção Brasileira em Copas do Mundo. Como o único país a participar de todas as edições do Mundial, o Brasil esteve em 22 campeonatos entre 1930 e 2022.
Em primeiro lugar, Píndaro de Carvalho foi o treinador do Brasil em 1930, a edição inaugural da Copa do Mundo realizada no Uruguai. Naquela campanha, a Seleção foi eliminada na primeira fase. Posteriormente, os donos da casa seriam campeões.
Logo depois, na Copa do Mundo de 1934, Luís Vinhaes comandou a Seleção Brasileira, sendo eliminado nas oitavas de final para a Espanha. A Itália, país sede, venceria o torneio.
Já em 1938, Adhemar Pimenta foi o técnico do Brasil na Copa da França. Desta vez, a equipe brasileira chegaria até a semifinal, perdendo para a Itália, que eventualmente seria a campeã.
Ao passo que a Segunda Guerra Mundial foi evoluindo, não foram realizadas edições da Copa do Mundo em 1942 e 1946, voltando apenas em 1950.
1950 a 1958: do fracasso à glória
Neste ano, o Brasil foi país sede da Copa do Mundo e, sob o comando de Flávio Costa, ficou com o vice-campeonato ao perder a partida decisiva do quadrangular final de virada para o Uruguai. Aquele episódio ficaria conhecido como o Maracanazo.
Em seguida, Zezé Moreira foi o treinador da Seleção Brasileira na Copa de 1954, chegando até as quartas de final e sendo eliminado pela Hungria, que seria vice-campeã naquela edição.
Por fim, o técnico da conquista brasileira em 1958 foi Vicente Feola. Com uma campanha invicta, o time do jovem Pelé derrotaria a Suécia na final para levantar o troféu mais importante do planeta pela primeira vez.
1962 a 1970: a segunda e a terceira estrela
Logo após a conquista de 1958, Aymoré Moreira assumiu o comando do time em 1961 e comandou a Seleção na Copa de 1962. No Mundial disputado na antiga Tchecoslováquia, a Amarelinha conquistaria o bicampeonato ao derrotar os donos da casa por 3 a 1.
No entanto, Moreira deixa o cargo de treinador em 1963 e Vicente Feola volta à Seleção Brasileira. Contudo, a volta do campeão de 1958 não foi o suficiente para o Brasil conquistar o mundo novamente na Inglaterra em 1966.
Posteriormente, o Brasil voltaria a ser campeão mundial em 1970. Sob o comando de Zagallo, ídolo do Botafogo e campeão mundial como jogador, o esquadrão brasileiro levantaria o troféu pela terceira vez ao bater a Itália no Estádio Azteca, no México.
1974 a 1994: o jejum de 20 anos
Em 1974, Zagallo comandou novamente a Canarinho, mas sem o mesmo sucesso. Com alguns remanescentes do time campeão de 70, o Brasil ficou com o quarto lugar após ser superado pela Holanda no quadrangular semifinal e perder para a Polônia na disputa pelo terceiro lugar.
Logo depois, Cláudio Coutinho assumiu o cargo de técnico da Seleção para o Mundial de 1978. Mais uma vez, o Brasil seria eliminado no quadrangular semifinal. Contudo, desta vez o terceiro lugar foi alcançado após uma vitória sobre a Itália.
Na década de 1980, a Seleção Brasileira seguiria em jejum de títulos, sendo comandada por Telê Santana nas Copas de 1982, na Espanha, e 1986, no México. Em ambas ocasiões, o combinado brasileiro seria eliminado na fase anterior à semifinal.
Já para a Copa de 1990, Sebastião Lazaroni assumiu a equipe em um ciclo complicado. Desta vez, o Brasil sofreu aquela que é uma de suas eliminações mais doídas de toda a história, perdendo para a Argentina na fase oitavas de final.
Posteriormente, Carlos Alberto Parreira seria o técnico responsável por dar fim ao jejum de mais de 20 anos ao comandar a Seleção ao tetracampeonato em 1994, nos Estados Unidos. Naquela ocasião, o Brasil derrotaria a Itália nos pênaltis para colocar a quarta estrela no peito.
1998 e 2002: da frustração ao penta
Assim como em 70 e 74, Zagallo comandou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1998, na França. Agora mais experiente, o treinador levou o Brasil a mais uma final. Porém, a Amarelinha sofreu com uma derrota acachapante para o país sede por 3 a 0 na decisão, ficando com o vice-campeonato.
No entanto, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, seria o responsável por comandar a quinta e, até então, última conquista brasileira em mundiais. Com uma campanha de 100% de aproveitamento, a Canarinho bateria a Alemanha na final para se tornar a primeira e única pentacampeã do mundo.
2006 a 2022: novo período sem conquistas
Em 2006, Carlos Alberto Parreira voltou ao comando do time, mas não passou das quartas de final na Copa da Alemanha ao ser derrotado pela França.
Logo depois, Dunga assumiu a equipe para o Mundial da África do Sul em 2010. Novamente, a Seleção cairia na fase quartas de final, desta vez para a Holanda.
Último campeão do mundo pelo Brasil, Felipão voltou ao comando técnico da Seleção para a Copa de 2014. Jogando em casa, o time quebrou a barreira das quartas de final ao derrotar a Colômbia. No entanto, na semifinal o Brasil sofreria com a pior derrota de sua história ao tomar 7 a 1 da Alemanha que, posteriormente, seria campeã.
Por fim, Tite foi o responsável por treinar a Seleção Brasileira nas Copas de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. Mesmo elogiado pela imprensa, o treinador não conseguiu levar o Brasil novamente aos tempos de glória. Em suas duas campanhas em Mundial, o técnico foi eliminado nas quartas de final para Bélgica e Croácia, respectivamente.
Quantos técnicos o Brasil já teve?
Ao todo, a Seleção Brasileira já teve 59 treinadores com pelo menos uma partida dirigida na história. Sem contar interinos e treinadores em partidas especiais ou comemorativas, foram 47 comandantes oficiais desde 1923.
Quais foram os últimos técnicos da seleção brasileira?
Com a saída de Tite em dezembro de 2022, três treinadores comandaram a Seleção nesse meio tempo.
Primeiramente, Ramón Menezes assumiu o cargo interinamente em março de 2023, comandando a equipe em três partidas, com uma vitória e duas derrotas em amistosos.
Em seguida, Fernando Diniz passou a ser o técnico do Brasil, também de maneira interina. Entre julho de 2023 e janeiro de 2024, ele comandou a Seleção em seis partidas, todas válidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, tendo duas vitórias, um empate e três derrotas.
Finalmente agora, Dorival Júnior foi anunciado em definitivo como treinador da Seleção Brasileira de Futebol masculino em 10 de janeiro de 2024, comandando a equipe até o presente momento.