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SAF do Atlético-MG: o que é preciso saber sobre?

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Um dos assuntos que mais tem tomado conta do futebol brasileiro em anos recentes são as tais “SAFs”. Esse modelo de gestão mudou muitos dos clubes ao redor do país e transformaram a modalidade em um grande negócio, algo que, para muitos, foi positivo, enquanto para outros nem tanto assim. E um dos grandes exemplos que temos hoje em dia de SAF é o Atlético-MG, que, em julho de 2023, decidiu mudar sua estrutura interna para adotar essa nova prática.

Mas, afinal, o balanço foi positivo até agora? Como o modelo funciona exatamente? Caso queira saber as respostas dessas perguntas, não deixe de ler o texto abaixo.

O que é uma SAF?

Em primeiro lugar, antes de explicar o caso do Galo, é importante entender o que é e como funciona esse tipo de sistema, afinal, isso ainda gera várias dúvidas.

Conhecida oficialmente como Sociedade Anônima do Futebol, a SAF é um tipo de empresa, criada pelo Congresso Nacional em 2021 pela Lei 14.193/2021. Essa lei, por sua vez, permite que clubes de futebol deixem de ser associações civis sem fins lucrativos e virem associações de cunho empresarial. Além disso, ela também faz com que a companhia constituída venda uma parte de seu capital para um novo proprietário.

Dessa forma, qualquer time pode nascer ou virar uma SAF no Brasil. Os primeiros casos que tiveram maior popularidade por aqui foram a 777 Partners, com o Vasco, o empresário John Textor, com o Botafogo, e o ex-jogador Ronaldo, com o Cruzeiro.

Como é a SAF do Atlético-MG?

Já no caso dos mineiros, a grande responsável por adquirir boa parte das ações da equipe foi a companhia Galo Holding, que tem como figuras principais Rafael Menin e Rubens Menin. Rubens, no caso, é famoso também por ser um dos criadores da CNN Brasil e do Banco Inter, além de ser proprietário da Rádio Itatiaia.

Os dois “compraram” o Atlético em novembro de 2023 e, desde então, vem sendo responsáveis por controlar quase tudo que acontece com a instituição, tanto dentro quanto fora de campo.

A SAF do Atlético-MG deu certo?

Mas, afinal, a Sociedade Anônima acabou por trazer resultados benéficos aos alvinegros? Em termos financeiros, é bem difícil dizer que não. Afinal, de acordo com o portal GE, houve uma redução de R$ 700 milhões na dívida que o time possuía.

Isso é essencial para o Galo se manter competitivo no mercado e bater de frente com outros clubes como Palmeiras, Flamengo ou Botafogo.

Falta de resultados nos gramados

No entanto, em se tratando dos desempenhos futebolísticos em si, a SAF ainda deixa a desejar. Verdade seja dita que o Atlético chegou às finais da Libertadores e da Copa do Brasil em 2024, mas o desempenho esteve longe de ser perfeito nessas competições e o chaveamento ajudou muito para os resultados acontecerem.

Além disso, já ocorreram duas demissões de comandantes desde que o modelo tomou conta. E, considerando que faz pouco mais de um ano que a Sociedade Anônima existe em Belo Horizonte, parece que ainda falta mais planejamento nesse quesito.