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Quantas vezes o Vasco foi rebaixado para a Série B do Brasileirão?

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O Vasco da Gama é um dos maiores clubes de futebol do Brasil. Fundado em 1898, no Rio de Janeiro, o time acumula glórias e conquistas nacionais e internacionais, como a Libertadores. Mas, como todo gigante, o cruz-maltino também viveu momentos tristes, como a queda para a Segunda Divisão no Campeonato Brasileiro. Sendo assim, relembre quantas vezes o Vasco foi rebaixado para a Série B e como os episódios marcaram a trajetória do elenco carioca.

Quantas vezes o Vasco foi rebaixado na história?

O Vasco foi rebaixado quatro vezes para a Série B do Campeonato Brasileiro. A primeira queda aconteceu em 2008, sob o comando do treinador Renato Gaúcho. Depois, o Gigante da Colina amargou o rebaixamento em 2013, 2015 e, por fim, 2020. Apesar da mancha na história, o clube conseguiu se reerguer em cada um dos eventos.

Todos os anos, desde a instalação da era dos pontos corridos, os quatro últimos colocados na classificação do Brasileiro caem para a Série B. O desempenho ruim na temporada, a crise na diretoria e até a má gestão financeira contribuem para a queda. Muitas vezes, os clubes retornam para a elite já na edição seguinte, fruto do esforço em conjunto.

O Vasco aparece em quarto lugar na lista de times com mais rebaixamentos na história do Brasileirão, ao lado do Bahia, Criciúma e Fortaleza. América Mineiro, Coritiba e Goiás dominam o ranking, com sete quedas.

Você já sabe quantas vezes o Vasco foi rebaixado para a Segunda Divisão do Brasileiro. Mas você se lembra como se deu cada queda entre as edições? Quem eram os jogadores e os técnicos? Então confira alguns dos momentos mais tristes do Gigante da Colina.

Quando foi a primeira vez que o Vasco foi rebaixado?

O primeiro rebaixamento do Vasco aconteceu em 2008, quando terminou o Brasileirão em 18º lugar com 40 pontos, somados em 11 triunfos, sete empates e 20 derrotas. Nem mesmo um elenco recheado de estrelas, como Edmundo, Fernando Prass e Madson, evitaram a queda.

Antônio Lopes era o treinador do Vasco no início da temporada. Entretanto, com a sequência de resultados ruins, Tita substituiu o comandante. Em setembro, Renato Gaúcho topou viver a sua segunda passagem no clube (a primeira foi em 2005), com o objetivo de salvar o time, mas o trabalho não foi como esperava, tendo apenas quatro vitórias, dois empates e sete derrotas. Na última rodada, o Gigante da Colina perdeu para o Vitória por 2 a 0, e teve a primeira queda decretada.

Em 2009, o clube não apenas conquistou o acesso, como também faturou o título da Série B. Com Pará, Dedé, Fumagalli, Amaral, Carlos Alberto, Souza, Alex Teixeira e Philippe Coutinho, o Vasco terminou em primeiro lugar com 76 pontos.

Qual era o time do Vasco em 2013 no segundo rebaixamento?

O Vasco de Marlone, Alessandro, Thalles, Edmilson e Rafael Vaz caiu pela segunda vez na história em 2013. A trágica queda se deu após os problemas financeiros na gestão de Roberto Dinamite, contratações erradas, a saída de atletas e a troca incansável de treinadores.

No ano anterior, a fatídica defesa do goleiro Cássio no chute de Diego Souza, nas quartas de final da Libertadores, parece ter tirado o Vasco dos trilhos. Em 2013, o time começou o Brasileirão com Paulo Autuori. Depois, veio Dorival Júnior e, por fim, Adilson Batista em novembro, para tentar reverter os placares ruins. Para tornar o evento ainda mais dramático, a goleada de 5 a 1 do Athletico Paranaense em cima do clube, em Curitiba, selou o rebaixamento.

Depois de 38 rodadas, o Vasco terminou em 18º lugar, com 44 pontos, conquistados em 11 triunfos, 11 empates e 16 derrotas.

Quem rebaixou o Vasco em 2015?

O terceiro rebaixamento do Vasco aconteceu em 2015, após empatar com o Coritiba na última rodada do Brasileirão, 0 a 0, no Couto Pereira. Apesar da intensa luta, o clube terminou em 18º com 41 pontos, somados em 10 vitórias, 11 empates e 17 derrotas.

O Vasco começou a temporada com o título estadual em cima do Flamengo. Porém, o péssimo futebol apresentado no torneio nacional e, principalmente, a perda de pontos importantes dentro de casa, tornaram o caminho do clube até a Segunda Divisão ainda mais previsível. O time é o próprio culpado neste caso.

Desta vez, estavam em campo Luan, Madson, o goleiro Martín Silva, Nenê, Riascos e Jorge Henrique. Doriva assumiu o comando no início do ano, depois Celso Roth tomou conta da equipe e, na 20ª rodada, o presidente Eurico Miranda trouxe Jorginho, velho conhecido dos torcedores. Apesar da experiência e da boa relação com o elenco carioca, o treinador não conseguiu salvar o cruz-maltino.

Quem era o treinador do Vasco em 2020 no rebaixamento?

O quarto e último rebaixamento do Vasco aconteceu em 2020. Esta, certamente, foi a mais dramática das quedas porque, na última rodada, o esquadrão venceu o Goiás por 3 a 2, mas a combinação de placares e a diferença de 12 gols de saldo impediram o Gigante da Colina de escapar da degola.

Nem mesmo o faro de gols de Cano, a maestria de Yago Pikachu e Talles Magno no meio de campo e as boas defesas do goleiro Fernando Miguel foram capazes de impedir a derrocada em 2020. O time carioca estreou com empate contra o Palmeiras, 1 a 1. Ficou cinco partidas invictas, mas a derrota no clássico para o Fluminense, na quinta rodada, decretou o início da fase ruim.

Luxemburgo começou a temporada no comando do Vasco, mas Ramon Menezes assumiu logo na segunda rodada. O ex-treinador da Seleção Brasileira permaneceu até outubro, substituído por Ricardo Sá Pinto. Sem resultados positivos, a diretoria carioca, então, demitiu o português e trouxe de volta Luxemburgo na reta final do campeonato.

O que levou o Vasco ao rebaixamento?

Em todas as quatro vezes, houve motivos suficientes para confirmar a queda do Vasco para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Entre os fatores mais comuns estão a crise na gestão e o mau desempenho em campo. Porém, é certo dizer que cada episódio é diferente.

Em 2008, por exemplo, o responsável pelo primeiro rebaixamento do time de São Januário foi o próprio grupo de jogadores. Nem mesmo Edmundo, com sua habilidade atlética, conseguiu salvar o Vasco. Por outro lado, o mesmo elenco alcançou a semifinal da Copa do Brasil e do Campeonato Carioca.

Já em 2013, a situação foi diferente. A pífia gestão do presidente Roberto Dinamite é a principal culpada pelo segundo rebaixamento do Vasco no futebol brasileiro. Com a saída de José Hamilton Mandarino, Dinamite assumiu o cargo provisoriamente. Sem aliados políticos e ilhado na diretoria, Dinamite deixou o Vasco sem um gestor que liderasse o esquadrão. Para piorar, problemas financeiros também atingiram o clube, com salários atrasados e dívidas.

Com Eurico Miranda na presidência em 2015, o Vasco começou bem o ano. Conquistou o título carioca contra o Flamengo e fez o torcedor sonhar com dias melhores. No Brasileirão, teve uma queda visível no rendimento e, sem reagir, teve a terceira queda decretada. Cinco anos depois, em 2020, a mesma bagunça na diretoria e dentro de campo culminaram no rebaixamento.