A história da criação do mascote do Santos atravessou décadas até a torcida abraçar a personagem. Há alguns anos, a baleia contagia milhares de torcedores que comparecem aos jogos do clube na Vila Belmiro. No entanto, o fato de o time ser conhecido como “Peixe” sempre gera uma certa confusão. Entenda, então, os motivos das escolhas desses animais.
Por que o Santos tem o apelido de Peixe?
Logo nos primeiros anos de sua fundação, em 1912, os rivais utilizavam variáveis do termo “peixe”, de forma pejorativa, para provocar o Santos. Assim, torcedores adversários se referiam ao time da Vila como “peixeiros” e “peixes podres”. De acordo com informações, o principal motivo do apelido era porque entendiam que se tratava de um animal fraco e fácil de ser capturado.
Com o tempo, a ideia de ter o peixe como representação passou a ser aceita pela torcida e pelo próprio Santos, se tornando mascote mais tarde. O jornal ítalo-brasileiro “Pasquino Coloniale” foi o primeiro a publicar uma charge de tal animal com a camisa do Santos. Posteriormente, “A Gazeta Esportiva” foi quem emplacou de vez a ideia nos noticiários esportivos.
Como resultado, não demorou muito para a torcida do Santos passar a tratar o peixe como um apelido carinhoso, virando um mascote a partir de 1950.
Na década 1940, “A Gazeta Esportiva” abriu uma discussão para a criação oficial de um mascote do Santos. O jornalista português João Brito sugeriu um marinheiro para o “cargo”, com a figura sendo a de um capitão dos mares. Mas, apesar de o jornal criar uma charge ilustrando a ideia, o clube brasileiro não gostou.
Origem da baleia como mascote do Santos
Nino Borges trabalhava no “A Gazeta Esportiva” quando publicou charges com uma representação inédita do Santos. Assim, foi o chargista que desenhou as primeiras ilustrações de uma baleia ao lado do escudo da equipe. Vale lembrar que o periódico apelidou o time brasileiro de “Baleia da Vila”.
Como resultado, a ideia logo teve apoiadores. A torcida e o clube concordaram em trocar o símbolo por algo mais forte, mas permanecendo como um animal marítimo. Outro chargista do jornal, Messias de Melo, desenhou o símbolo como se conhece atualmente.
Além disso, há histórias que afirmam que a ideia da baleia se deu a partir de uma viagem do elenco santista à Europa. Na ocasião, o time visitou um aquário em Portugal e viu uma orca, o que chamou a atenção.
Por isso, então, há uma representação bastante confusa do mascote do Santos. Apesar da relação com um peixe, a orca passou a ser aceita devido ao seu nome popular de “baleia assassina”. Essa ideia contraria o que os rivais pensavam sobre a fragilidade do time, passando a ter ser lembrado como um animal forte.
A inclusão do mascote do Santos no estatuto
Mesmo depois de décadas como mascote do Santos, o estatuto social do clube incluiu a baleia apenas em 2011. De acordo com o artigo 4 do capítulo 1, ficou estabelecido que:
O Santos tem como símbolos permanentes e inalteráveis, nas cores branca e preta, o distintivo, o pavilhão, o hino e os uniformes. A mascote do SANTOS é a baleia.
Apesar disso, em 2006, o time havia criado a Baleinha e Baleião para animar os jogos como mandante. Desde então, a dupla começou a fazer sucesso antes, durante e depois das partidas realizadas na Vila Belmiro.