Há quem diga que dança não é esporte. Porém, o breaking, por exemplo, logo quebra essa afirmação, já que, por existirem competições, regras e outras características esportivas, acaba indo além do nicho artístico.
Bom, foi com isso em mente que o Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou a inclusão do breakdance nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Desse modo, a dança deve fazer sua estreia na competição ao lado da canoagem slalom: caiaque extremo.
Ao todo, serão 16 B-Boys e 16 B-Girls que apresentarão o esporte ao mundo entre os dias 9 e 10 de agosto, sendo o primeiro dia para a categoria feminina e o segundo para a masculina.
O que é o breaking?
De modo breve, o breaking é um estilo de dança que nasceu nas comunidades negras e latinas na década de 1970 nos Estados Unidos, mais especificamente por conta das disputas territoriais que aconteciam na região do Bronx, em Nova York.
Além disso, suas raízes estão na cultura hip-hop e logo virou tendência nas block parties (festas de quarteirão) que aconteciam no bairro. Afinal, a modalidade também precisa contar com a presença crucial de um DJ e de um MC (mestre de cerimônias) durante as batalhas.
Os dançarinos, os B-Boys e as B-Girls, realizam incríveis movimentos acrobáticos ao som de músicas de hip-hop, funk, soul e breakbeat em batalhas de improviso conforme o ritmo dessas músicas.
Como o breaking foi inserido nas Olimpíadas de 2024?
As primeiras competições de breaking, ou breakdance, começaram ainda na década de 1990, o que ajudou a popularizar ainda mais o estilo de dança e o próprio hip-hop para um público ainda maior.
A estreia como modalidade olímpica aconteceu nos Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires, na Argentina, em 2018, e foi definitivamente um grande sucesso. Afinal, o COI escolheu a modalidade, junto ao surfe, ao skate e à escalada esportiva, para estrear nas Olimpíadas dos próximos anos.
Quais são as principais regras do breaking?
Nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, o breaking contará com um total de 32 atletas, sendo 16 homens e 16 mulheres, que vão se enfrentar em disputas individuais. Ou seja, um atleta performará e, em seguida, o adversário vai responder.
Dito isso, as avaliações vão ocorrer por meio de cinco juízes que terão cinco critérios: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade. O vencedor será aquele que acumular mais pontos.
Já a escolha das músicas que tocarão em cada uma das batalhas é inteiramente do DJ. Enquanto isso, os duelos contarão com um número pré-determinado de rounds, que varia conforme a fase da competição, com um tempo máximo de 60 segundos para cada rodada.
Para concluir, a competição não terá regras específicas sobre quais movimentos os atletas devem usar. Portanto, a escolha ficará a critério dos próprios dançarinos. Já em caso de empates, um novo duelo deve ser feito para uma nova votação.