O hipismo paralímpico é disputado por cavaleiros(as) com deficiência físico-motora ou visual. O Brasil não tem tradição no esporte, mas a modalidade atrai cada vez mais torcedores, especialmente os apaixonados por animais. Sendo assim, conheça mais sobre o hipismo paralímpico e o desempenho do país nos Jogos Paralímpicos.
O hipismo entrou oficialmente para o programa das Paralimpíadas nos Jogos de Atlanta, em 1996, por decisão do Comitê Paralímpico Internacional. Cerca de 60 esportistas de 16 países competiram, com a Grã-Bretanha em primeiro lugar no quadro de medalhas, seguida pelos Estados Unidos e Noruega.
A Inglaterra é o país com mais medalhas na história, sendo 34 ouros, 20 de prata e dez de bronze.
Como é disputado o hipismo paralímpico?
O hipismo paralímpico é disputado por homens e mulheres de todas as idades com deficiência físico-motora ou visual. Segundo o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), os atletas participam de três provas de Adestramento:
- Adestramento individual
- Estilo livre individual
- Por equipes
Esse esporte celebra a harmonia entre o cavaleiro e o cavalo, por isso, a leveza e a maneira como o atleta realiza a prova e se conecta com o animal são levados em consideração. Na prova individual, o esportista se apresenta com uma série de movimentos, enquanto no livre ele pode escolher a própria rotina e até a música. Por fim, em equipes, está ao lado dos companheiros no mesmo ritmo.
Os resultados individuais e por equipes são somados para chegar à pontuação geral, com medalhas de ouro, prata e bronze distribuídas. Aliás, tanto o cavaleiro e o cavalo recebem as medalhas no pódio.
No hipismo paralímpico, a pista precisa ter algumas adaptações, como a areia, sinalizações sonoras e rampas de acesso no local da prova.
Classes no hipismo paralímpico:
Segundo as informações do Comitê Paralímpico Brasileiro, os atletas são separados em classe de acordo com a sua deficiência, com IA para as mais severas, e IV, para as menos severas.
Então, confira todas as classes no hipismo paralímpico, segundo o CPB:
GRAU I – Cavaleiros com comprometimento severo nos quatro membros.
GRAULI – Atletas cadeirantes, andantes com boa funcionalidade dos braços ou com comprometimentos unilaterais severos, ou cego.
GRAU LLI – Andantes com comprometimento unilateral, moderado nos quatro membros ou severo nos braços. Também entram na classe atletas com deficiência visual severa.
GRAU LV – a classe agrupa atletas com comprometimento leve em um ou dois membros e com deficiência visual moderada.
GRAU V – Cavaleiros com comprometimento leve em um ou dois membros e com deficiência visual leve.
História do Brasil na modalidade
O Brasil tem cinco medalhas no hipismo paralímpico, sendo uma prata e quatro bronzes. O país ainda não ganhou ouro na modalidade, mas tem potencial para alcançar o lugar mais alto do pódio no futuro e, quem sabe, celebrar uma vitória feminina.
O cavaleiro Marcos Fernandes Alves faturou a primeira medalha do Brasil no hipismo paralímpico. Em Pequim 2008, Joca trouxe para casa dois bronzes após terminar em terceiro lugar no estilo livre e na prática individual. No Rio de Janeiro 2016, foi a vez de Sérgio Oliva ganhar dois bronzes, um no adestramento grau IA e outro no Estilo Livre grau IA.
O país celebrou a primeira prata em Tóquio 2020, com Rodolpho Riskalla na classe individual Grau IV. Dessa maneira, confira todos os campeões do Brasil no esporte paralímpico:
- Medalhas do Brasil no hipismo paralímpico:
- 5 medalhas (1 prata e 4 bronzes)
- Masculino: Marcos Fernandes Alves Joca, Sérgio Oliva e Rodolpho Riskalla
- Feminino: nenhum
Nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, o Brasil vai em busca de medalhas no hipismo, além da natação, judô e atletismo, modalidades em que é favorito.