Os Jogos Paralímpicos acontecem a cada quatro anos, sempre depois das Olimpíadas de Verão. Entre as modalidades mais populares está o judô paralímpico, praticada por atletas com deficiência visual sob as mesmas regras do olímpico. A arte marcial de origem japonesa já rendeu muitas medalhas ao Brasil. Ficou curioso? Veja como funciona a modalidade e fatos curiosos sobre a prova das Paralimpíadas.
O judô estreou no programa dos Jogos Paralímpicos de 1988, em Seul, somente para os homens. As mulheres só passaram a participar em Atenas, no ano de 2004.
Como funciona judô paralímpico?
O judô paralímpico é disputado por atletas com deficiência visual, homens e mulheres, das mais diferentes idades. São diferentes categorias na modalidade de acordo com o peso dos competidores. Por exemplo, judocas até 70 kg enfrentarão outros judocas com o mesmo peso.
Além disso, os esportistas também são separados em duas classes, de acordo com o grau da sua deficiência visual: J1, sendo cegos totais ou com percepção de luz, e J2, com aqueles que conseguem definir imagens, segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Mas como é disputado?
As regras são as mesmas da modalidade olímpica, impostas pela Federação Internacional de Judô. Assim que os dois competidores pisam no tatame, o primeiro ato é ter contato com o quimono do adversário. Através do tato, os atletas sentem qual será o próximo passo do rival. O árbitro interrompe a luta caso os participantes percam o contato entre si ou se saírem da área delimitada.
O objetivo no judô paralímpico é derrubar o oponente com as costas para o chão e depois imobilizá-lo por 20 segundos. Para conquistar pontos na luta, pode-se utilizar o ippon, golpe que coloca o adversário no chão.
No Brasil, a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) administra a modalidade. É função da organização zelar pelo bem-estar dos seus atletas e representar a categoria em todo o território nacional e internacional.
Medalhas do Brasil
O Brasil tem 25 medalhas no judô paralímpico, sendo cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes. O judoca Antônio Tenório foi o responsável pelo primeiro ouro paralímpico do país na história, conquistado em Atlanta 1996. Já as atletas Karla Cardoso e Daniele Silva foram as primeiras brasileiras a subirem no pódio, com a prata e o bronze respectivamente em Atenas 2004.
Em Tóquio 2020, a equipe brasileira voltou para casa com três medalhas: Alana Maldonado (até 70 kg) ficou com o ouro, enquanto Lúcia Teixeira (até 57kg) e Meg Emmerich (acima de 70kg) garantiram o bronze.
De oito ouros, quatro são de Antônio Tenório e um de Alana Maldonado. Entretanto, outros atletas também saíram do tatame com a medalha em diferentes edições do evento. Então, confira os campeões no judô paralímpico, uma das modalidades mais vitoriosas do Brasil:
- Medalhas do Brasil no judô paralímpico:
- 25 medalhas (8 ouros, 9 pratas e 11 bronzes)
- Masculino: Antônio Tenório, Eduardo Amaral, Jaime de Oliveira, Júlio Silva, Leonel Cunha e Willians Araújo
- Feminino: Alana Maldonado, Daniele Bernardes, Daniele Silva, Deanne Almeida, Karla Cardoso, Lúcia Teixeira e Michele Ferreira
O Brasil é favorito nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A esperança é que a nação conquiste medalhas no judô e também em outros esportes, como a natação, atletismo e bocha.
