A prática de utilizar equipamentos para deslizar sobre o gelo não é nova. Ainda na antiguidade, em países escandinavos, por exemplo, era comum o uso de equipamentos rudimentares para atravessar lagos e rios congelados. Contudo, foi no século XIX que a patinação de velocidade se popularizou nas pistas dos Estados Unidos.
A União Internacional de Patinação (ISU, na sigla em inglês) surgiu em 1891, oficializando as regras da patinação de velocidade e outros esportes no gelo. Dois anos depois, ocorreu o primeiro torneio mundial do esporte. A modalidade participou do programa dos primeiros Jogos Olímpicos de Inverno na França, em 1924, de onde não saiu mais.
Já em 1960, alguns atletas resolveram correr em pistas menores, surgindo, assim, a Patinação de Velocidade em pista curta. Em 1992, esta modalidade entrou para o programa olímpico em Albertville.
As principais regras da patinação de velocidade
A premissa da patinação de velocidade é bem simples: é uma corrida contra o relógio. Ou seja, dois patinadores largam lado a lado e tentam chegar ao ponto final no menor tempo possível. Contudo, os competidores não devem ser mais rápidos apenas que aquele o qual correu ao seu lado e, sim, que todos os participantes da competição.
Por outro lado, nas provas de largada coletiva e de perseguição por equipes, isso muda, e o mais veloz em pista é o vencedor. Já nas disputas de velocidade em pista curta, quatro a seis atletas competem em cada corrida, passando por chaves e disputas de eliminatórias, quartas de final, semifinais e final. Nesse caso, a posição conta uma vez que apenas os melhores pontuadores avançam nas rodadas.
O tamanho da pista
Na patinação de velocidade, a pista possui um formato oval com cerca de 400, ou seja, a mesma medida de uma pista de atletismo. Já para as disputas de velocidade em pista curta, o rinque também é oval, mas com 111 metros. Geralmente as apresentações de patinação artística acontecem no mesmo espaço.
As disputas de velocidade ocorrem em diferentes modalidades: 500 m; 1000 m; 1.500 m; 5.000 m; 10.000 m; largada coletiva e perseguição por equipes. Todas são disputadas tanto nas categorias feminino quanto masculino.
Os equipamentos do patinador
De acordo com o manual de regras da patinação de velocidade, cabe ao competidor providenciar todos os equipamentos obrigatórios para participar de uma competição, sob pena de desqualificação.
Aliás, todos os competidores de uma equipe devem usar trajes idênticos. Eles podem ter as mangas curtas ou compridas, mas precisam ser feitos nas cores oficiais do país que representam.
Nas provas de patinação de velocidade em pista curta, o uso do capacete é obrigatório. Ele deve ser liso, sem saliências, e estar firmemente preso à cabeça do patinador. Os competidores também utilizam visores para proteger os olhos do vento e de eventuais partículas de gelo que se desprendam da pista.
Os patins são o item mais importante dos equipamentos utilizados para competir. Suas lâminas são um pouco maiores que as utilizadas no hóquei e na patinação artística. Isso permite aumentar a velocidade do atleta. Os patins dos competidores de pista curta tem as lâminas presas apenas na parte da frente, o que facilita na hora das curvas.
A patinação de velocidade nas Olimpíadas
Com raízes europeias, a patinação artística tem nos Países Baixos seu maior medalhista. São mais de 120 medalhas olímpicas conquistadas pelos atletas do país, com Ireen Wüst como a principal patinadora. Com cinco medalhas de ouro no currículo, ela é a mais premiada atleta da patinação de velocidade dos Jogos de Inverno. Em seguida, vem os Estados Unidos, com cerca de 70 medalhas.