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Regras da Ginástica Artística: entenda como os atletas são avaliados

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É fato que a ginástica artística exige dos atletas uma capacidade física muito grande e, para serem os melhores ginastas do mundo, não basta serem talentosos. Isto é, também precisam ser incrivelmente disciplinados e dispostos a seguirem as regras que o esporte exige em competições. Com a breve chegada das Olimpíadas de Paris 2024, vamos explorar neste post um pouco mais sobre a história da modalidade, as regras da Ginástica artística e como funciona seu sistema de pontuação. 

O que é Ginástica Artística e como surgiu

Antes de falarmos sobre as regras da Ginástica Artística, vamos entender um pouco sobre sua origem. De maneira geral, a Ginástica Artística é uma modalidade olímpica que visa a realização de movimentos, acrobacias e outros exercícios sistemáticos. Assim, os atletas deste esporte podem usar diversos equipamentos em suas rotinas – como argolas, barras, fitas, entre outros. Mas como a ginástica surgiu?

Da mesma forma que a maioria dos esportes olímpicos que estamos familiarizados hoje em dia, a ginástica surgiu na Grécia antiga. Recebendo seu nome moderno pela junção de duas palavras: “gymnastiké”, que significa a “arte ou ato de fortificar o corpo por meio de exercícios”; e “gymnádzein”, cuja tradução se aproxima de “treinar nu”. Sendo esse último uma referência à forma como os gregos praticavam os exercícios: completamente nus.

Ou seja, aplicava-se para todos os exercícios praticados em ginásios nos quais os atletas da época se exercitavam sem nenhuma roupa. Depois, essas modalidades foram subdivididas em outras, que conhecemos atualmente como: Atletismo, Luta Livre, Boxe e, é claro, a Ginástica.

Conhecido como o “pai da ginástica”, Friedrich Ludwig Jahn foi o responsável pela disseminação da modalidade ao criar a primeira competição de Ginástica, em Berlim, no século XIX. Nesse sentido, o alemão incluiu diversos equipamentos que são usados até hoje, como o cavalo com alças e as barras paralelas.

Finalmente, em 1881, fundou-se a Federação Internacional de Ginástica (FIG) para supervisionar as competições internacionais e, em 1903, os campeonatos mundiais de ginástica começaram a acontecer. Na época, apenas homens competiam e a programação para mulheres surgiu apenas em 1934.

Tipos de Ginástica Artística

A Ginástica Artística é agrupada pelos tipos de equipamentos da modalidade. Os homens realizam as provas no solo, cavalo com alças, argolas, barras paralelas e barra horizontal. Ao passo que as mulheres se apresentam no solo, salto, barras assimétricas e trave de equilíbrio. 

Da mesma forma, acontecem também os exercícios combinados, que somam as pontuações em vários aparelhos. Podendo ser disputados individual ou coletivamente. 

Regras da Ginástica Artística

Por fim, nós sabemos que a análise do talento dos atletas é muito importante, mas como é o processo de avaliação e como funciona a distribuição de pontos? Pois bem, o livro de regras da Ginástica Artística fornece alguns exemplos. São eles: performance, desempenho de todo o exercício com obrigatórios e livres, composição artística, sincronização e equilíbrio. 

Assim, vamos verificar agora as regras da Ginástica Artística por aparelhos.

Cavalo com alças

Primeiramente, o cavalo com alças é usado para avaliar os movimentos dos atletas masculinos, que devem performar giros enquanto as pernas ficam retas e abertas. Ou seja, o ginasta não pode tocar o cavalo com nenhuma parte do corpo além das mãos. 

Barras paralelas

As barras paralelas são feitas para avaliar os elementos de lance e balanço dos atletas masculinos. Assim, os juízes vão pontuar a capacidade do atleta de se pendurar, balançar e sustentar os movimentos no aparelho. 

Argolas

Neste aparelho os ginastas devem se suspender em duas argolas no ar e manter os anéis sob controle e imóveis durante toda a rotina. Assim, os juízes avaliam a habilidade do atleta em manter a postura, sem tremor nos braços, além das manobras clássicas, como a cruz de malta, andorinha e cruzes invertidas. 

Barra fixa

Por ser uma categoria masculina, os ginastas devem concluir uma série que conta com lançamentos, balanços e desmontagens, de maneira contínua. Logo, avalia-se a execução destes movimentos.

Barras assimétricas

Essa rotina exige que as atletas façam acrobacias em duas barras horizontais posicionadas em alturas diferentes. Dessa forma, é necessário que elas façam transições entre as duas barras, sem oscilar ou fazer pausas desnecessárias. E, claro, exige também muita atenção às desmontagens, piruetas e lançamentos. 

Trave de equilíbrio

Já a trave de equilíbrio é onde as ginastas executam uma rotina em uma trave sólida e demanda um nível de execução e dificuldade muito superior às rotinas feitas do chão. Por isso, os juízes avaliam força, equilíbrio e postura durante a apresentação. 

Solo

Essa é uma série na qual acrobacias e coreografias de dança são intercaladas com uma música tema de fundo. Em outras palavras, as ginastas devem se atentar à distância e altura de seus saltos, execução dos movimentos e sincronia com a música. O limite de tempo da apresentação é de 90 segundos e a atleta deve usar todo o espaço disponível sem ultrapassar os limites do tablado. 

Como funciona a pontuação diante as regras da Ginástica Artística?

Tanto para a Ginástica Artística masculina quanto para a feminina, o sistema de pontuação se rege por dois componentes: execução e dificuldade. Nas principais competições internacionais, sete juízes são responsáveis pela avaliação. Nesse caso, cinco deles compõem o painel de execução e dois o de dificuldade. 

Ou seja: Nota final = [Dificuldade + Execução – Penalidades] 

Nesse sentido, a pontuação de execução segue o sistema tradicional 10.0, no qual as rotinas começam com a nota máxima. Assim, removem-se os pontos a cada erro cometido pelo ginasta, como aterrissagens mal executadas, parada de mão perdida ou quedas.

Por outro lado, a pontuação de dificuldade começa no zero e os atletas podem ganhar pontos pelos elementos de composição, onde podem receber de 0,5 até 2,0. Cada um desses elementos é avaliado de A (valendo 0,1) até J (1,0). Por fim, os ginastas ganham mais pontos à medida que executam e incorporam movimentos mais difíceis na sua rotina.