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Regras do surf: do amador ao profissional

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Esporte radical dos mares e adicionado aos Jogos Olímpicos em 2020, o surf atrai vários admiradores mundo afora. Por isso, saber as regras do surf é fundamental para conhecer melhor essa prática esportiva.

Ambas as escritas “surfe” e “surf” estão corretas. Além disso, o nome “surfe” vem do inglês, “surf”, originado de “surface”, que significa “superfície”. Isso porque a prática do surf ocorre na rebentação das ondas, ou seja, na superfície marítima.

Quais são as regras do surf?

Nas competições oficiais, vale seguir as regras gerais e as do surfe profissional. Além disso, cada evento e país pode ter regulamentos próprios. Aqui, no Brasil, é a Confederação Brasileira de Surfe (CBSurf) que determina as normas para todas as categorias. 

Conheça as principais regras do surf nos campeonatos brasileiros conforme a CBSurf:

Regras do surf nas competições

Nas competições que seguem as regras da CBSurf, as baterias iniciais têm quatro surfistas. Porém, em algumas situações, pode haver baterias com cinco atletas.

Além disso, na primeira fase, os dois surfistas que se destacarem avançam para a próxima etapa. Agora, se alguém se deu mal na primeira fase, ainda tem uma chance na repescagem. Os surfistas derrotados competem entre si e têm uma segunda chance de continuar na disputa. 

Tempo da bateria do surf

Nas primeiras fases dos campeonatos aqui, no Brasil, cada bateria tem que durar pelo menos 15 minutos. Contudo, nas finais, o tempo mínimo aumenta para 20 minutos. Então, para começar a bateria, há um toque de sirene e, para encerrar, são dois toques da mesma sirene. Este é o sinal para todos entrarem e saírem da água na hora certa. 

Limite de ondas por surfista

O número máximo de ondas permitidas por bateria e a quantidade que conta para classificação dependem do diretor técnico e do juiz principal de cada competição. Essas decisões são baseadas nas condições do mar no dia do evento. Por isso, é importante adaptar as regras para garantir uma boa competição.

Cada surfista precisa ser informado quando tiverem apenas duas ondas válidas para surfar, quando faltar só uma e quando já tiver atingido o limite máximo de tentativas da bateria. Se o(a) surfista pegar mais ondas que o permitido, pode tomar uma multa no valor da inscrição para cada onda extra. 

Regras do surf sobre a condição do mar

Conforme a CBSurf, o tamanho mínimo de onda exigido nas competições é de 30 centímetros. Se o mar não tiver esse tamanho no dia do campeonato, o evento pode ser transferido para outro lugar ou remarcado para uma data em que as ondas estejam na medida apropriada. 

Pontuação

Os cinco juízes têm a responsabilidade de dar notas de zero a 10 para cada onda surfada. Eles avaliam a performance do surfista e anotam suas notas.

Para calcular a pontuação final, tira-se a nota mais alta e a mais baixa das avaliações de cada juiz. Depois, faz a média simples das três notas restantes. Por exemplo, se um surfista receber notas 9, 8, 7.8, 9.2 e 8.5 numa onda, seguindo as regras, a nota final dele seria 8.5.

Os juízes consideram vários critérios, como a dificuldade da manobra, se ela foi concluída com sucesso e a versatilidade do surfista em executar diferentes movimentos.

Na pontuação final do surfista, há somente a avaliação das duas melhores ondas. É com base nessas notas que decide se o surfista avança para a próxima fase. No final da bateria, as maiores pontuações de cada surfista são destacadas e somadas. 

Regra do surf sobre prioridade

Assim como em qualquer praia, se um surfista estiver na parte interna da onda, ele tem todo o direito de surfar nela até o fim. Nos campeonatos, se os juízes perceberem que outro competidor atrapalhou a pontuação que o surfista poderia alcançar, ocorre a “interferência”.

Se um surfista “dropar” na frente do outro, só vai poder contar com uma onda na média final e sua nota na bateria contará apenas com a melhor onda surfada. 

O surf nas Olimpíadas

Desde a década de 1920, os fãs do surf, incluindo o lendário Duke Kahanamoku, três vezes campeão olímpico da natação estilo livre, iniciou a luta para colocar o surf nos Jogos Olímpicos. Muito tempo depois — precisamente um século —, o surf entrou como esporte olímpico na disputa de Tóquio 2020 e também esteve nos Jogos de Paris 2024.

Estas são as regras do surf nas Olimpíadas:

  • Os surfistas fazem suas manobras e truques nas ondas e são avaliados por cinco juízes;
  • Então, os juízes consideram a variedade, tipo e dificuldade das manobras, além da velocidade, força e o fluxo dos movimentos;
  • Além disso, na competição, os surfistas usam as shortboards, as pranchas curtas e ágeis;
  • Essas shortboards são mais rápidas e manipuláveis, perfeitas para fazer manobras excelentes;
  • Já as longboards são pranchas maiores e mais estáveis, usadas em outros estilos de surf;
  • Nas competições, os surfistas fazem as melhores manobras e precisam se manter na onda pelo maior tempo possível a fim de levar a medalha para casa.

Prática amadora: princípios e regras do surf

Principalmente na prática amadora, “código de etiqueta do surf” é como um manual de regras criado para garantir a segurança de todos na água, além de evitar confusão e lesões.

Para começar a surfar, o(a) surfista tem que colocar a prancha na água e levá-la para uma parte mais funda do mar. Então, basta deitar na prancha e remar com os dois braços na direção onde as ondas estão se formando.

Entenda mais sobre algumas regras do surf neste código de etiqueta:

Uma pessoa por onda

A primeira regra é simples: pode ter apenas um surfista por onda. Não importa se for iniciante, veterano, local ou profissional. Quando a onda vem, cada um pega a sua.

Prestar atenção por onde se passa

Quando tiver vários surfistas pegando uma onda, é importante evitar remar entre eles. A melhor opção é remar ao longo do canal, onde as ondas não estão se formando, ou, se precisar, procurar uma área menos movimentada. Após surfar essa onda, deve-se evitar remar de volta pelo mesmo caminho em que outras pessoas estão surfando.

Jamais soltar a prancha

O uso do “strap”, aquela corda que prende a prancha ao tornozelo, é essencial. Um descuido nesse aspecto pode representar riscos sérios tanto para quem está nessas condições quanto para os outros surfistas na água. Afinal, uma prancha solta no mar atinge qualquer pessoa e causa lesões graves. Esse acessório evita que a prancha seja levada pelas ondas e se perca. 

Não dar a volta em outros surfistas

Remar em volta de outros surfistas para tentar ficar mais perto do pico e garantir a prioridade constante nas ondas é uma prática proibida em qualquer lugar do mundo. No entanto, acontece com muita frequência.