Valentina “Bullet” Shevchenko é uma das lutadoras mais famosas e versáteis no mundo das Artes Marciais Mistas (MMA). Desde sua infância no Quirguistão até se tornar uma força dominante no UFC (Ultimate Fighting Championship), a trajetória de Shevchenko é uma demonstração de dedicação, habilidade e paixão por esportes de combate. Conheça!
Carreira de Valentina Shevchenko
Valentina Shevchenko nasceu em 07 de março de 1988, em Frunze, República Socialista Soviética Quirguiz, território que agora é identificado como Bishkek, Quirguistão. Influenciada por sua irmã mais velha, Antonina, e sua mãe, que estavam envolvidas no Taekwondo, Valentina começou a treinar aos cinco anos. Aos 12 anos, então, ela incluiu Muay Thai e Vale Tudo em seus treinos. O apelido “Bullet” veio a partir do seu treinador Pavel Fedotov, que reconheceu seu talento logo de cara, destacando sua velocidade e precisão.
Aliás, o apelido “Bullet” surgiu aos 12 anos, após uma vitória rápida de Valentina Shevchenko contra uma oponente muito mais velha. Ao longo de sua carreira no kickboxing, Shevchenko acumulou mais de 90 vitórias, incluindo oito medalhas de ouro no Campeonato Mundial da IFMA. Ela derrotou lutadoras notáveis como Joanna Jedrzejczyk, que mais tarde foi campeã do UFC.
Transição para Artes Marciais Mistas
Posteriormente, Valentina Shevchenko fez sua estreia profissional no MMA aos 15 anos, vencendo sua primeira luta por nocaute técnico. No entanto, ela resolveu dar uma pausa no MMA para focar em sua carreira no Muay Thai, retornando posteriormente. No início, a lutadora competia em diversas competições no Quirguistão, Rússia e Coreia. Após peregrinar, ela chegou aos Estados Unidos, onde enfrentou Liz Carmouche, em 2010, sofrendo uma derrota por conta de uma interrupção médica.
Carreira no UFC
Valentina Shevchenko estreou no UFC em 19 de dezembro de 2015, contra Sarah Kaufman, vencendo por decisão dividida. Ela rapidamente subiu nas classificações, mostrando uma habilidade em golpes e de luta corpo a corpo. Posteriormente, a lutadora enfrentou Amanda Nunes duas vezes, perdendo ambas as lutas por decisão.
Entretanto, o momento decisivo da carreira de Valentina Shevchenko foi quando ela conquistou o cinturão peso-mosca feminino do UFC, justamente em cima de Joanna Jedrzejczyk. Shevchenko defendeu seu título sete vezes, um testemunho de seu domínio na divisão. Outros triunfos importantes incluem Jessica Eye, Liz Carmouche e Katlyn Chookagian. Além disso, venceu a brasileira Jessica Andrade, em luta que mostrou seu domínio na luta corpo a corpo, onde controlou e derrotou a adversária a partir da técnica e força superior.
Estilo de luta de Valentina Shevchenko
O estilo de luta de Valentina Shevchenko é uma mistura de precisão no Muay Thai, golpes poderosos e luta corpo a corpo. Seu jogo de pé tem como principal destaque os golpes afiados, além de que ela tem um ótimo jogo de pernas. Além disso, a lutadora utiliza uma variedade de chutes, socos, cotoveladas e joelhadas para manter as adversárias à distância e marcar pontos.
No chão, Valentina Shevchenko é quase melhor do que nas outras características. Isso porque, a lutadora é faixa preta em Judô, bem como proficiente em Jiu-Jitsu Brasileiro, com várias vitórias por finalização. Sua habilidade de controlar oponentes no chão e suas habilidades defensivas no corpo a corpo a tornam uma atleta completa, garantindo uma alta taxa de defesa contra quedas.
Vida pessoal
Valentina Shevchenko tem uma vida movimentada fora dos octógonos. Além de lutadora, ela possui diploma em Direção de Cinema pela Academia Nacional de Artes da República do Quirguistão. Inclusive, em dezembro de 2021, ela recebeu o prêmio da titulação para Professora Honrada pela instituição. Além disso, foi homenageada com a Ordem Dank pelo Presidente do Quirguistão em 2019 por suas contribuições para a promoção do Quirguistão internacionalmente.
Por fim, Valentina Shevchenko tem como hobbie o tiro. Atiradora ávida, a lutadora vive participando de competições de tiro IPSC, IDPA e 3-Gun. Além disso, ela já apareceu em shows de dança de realidade peruanos, mostrando sua versatilidade também fora do octógono.