A Seleção Brasileira, conhecida mundialmente por sua tradição e pelos cinco títulos de Copa do Mundo, sempre foi marcada pela presença de treinadores nacionais. No entanto, ao longo de mais de um século de história, é possível registrar quatro técnicos estrangeiros na Seleção em sua história centenária.
Entre eles estão um uruguaio, um português, um argentino e, mais recentemente, um italiano. Embora a maioria dessas experiências tenha sido breve, cada uma representou um capítulo importante da trajetória do futebol brasileiro.
Carlo Ancelotti: a história mais recente
Carlo Ancelotti, multicampeão europeu e ídolo do Real Madrid, entrou para a história como o mais recente estrangeiro a assumir a Seleção Brasileira. Seu acerto foi visto como uma quebra de paradigma, já que a CBF sempre priorizou técnicos locais por décadas.
Ancelotti chegou com um currículo invejável, incluindo títulos da Liga dos Campeões, campeonatos nacionais em diversas ligas e passagens marcantes por clubes como Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique.
A escolha do italiano refletiu a busca da CBF por experiência internacional, modernidade tática e prestígio global, visando recolocar o Brasil no topo do futebol mundial.
Joreca: o primeiro europeu no comando
O português Jorge Gomes de Lima, conhecido como Joreca, foi o primeiro europeu a dirigir a Seleção Brasileira, em 1944. Nascido em Lisboa, chegou jovem ao Brasil e se destacou inicialmente como jornalista esportivo e árbitro, antes de se consolidar como treinador.
No comando do São Paulo, conquistou três títulos paulistas (1943, 1945 e 1946), o que lhe abriu as portas da Seleção. Ao lado de Flávio Costa, comandou o Brasil em dois amistosos contra o Uruguai, ambos vencidos de forma convincente (6 a 1 e 4 a 0).
Contudo, sua passagem dirigindo a Seleção Brasileira foi curta, mas marcou o início da presença europeia na história da Amarelinha.
Filpo Núñez: um argentino frente à Amarelinha
Em 1965, uma situação inusitada colocou o argentino Filpo Núñez no comando da Seleção Brasileira. Na inauguração do Mineirão, a CBD decidiu que o Palmeiras representaria o Brasil em amistoso contra o Uruguai.
Como técnico do clube paulista, Filpo foi automaticamente o treinador da Seleção naquele dia. A partida terminou com vitória brasileira por 3 a 0, e, mesmo que sua função tenha sido considerada interina, ele entrou para a história como o único argentino a dirigir a equipe.
Com quase 30 clubes no currículo, Filpo também foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1965 pelo Palmeiras e faleceu em 1999.
Ramón Platero: o pioneiro
O uruguaio Ramón Platero foi o primeiro técnico estrangeiro da Seleção Brasileira, em 1925, e também o único a comandar o time em um torneio oficial. Campeão sul-americano com o Uruguai em 1917, ele chegou ao Brasil para trabalhar em clubes como Fluminense, Flamengo e Vasco.
No Campeonato Sul-Americano de 1925, disputado na Argentina, ficou 19 dias à frente da Seleção, com quatro partidas: vitórias sobre o Paraguai (5 a 2 e 3 a 1), derrota para a Argentina (4 a 1) e empate em novo clássico com os argentinos (2 a 2).
Sua breve passagem pela Seleção foi marcada por polêmicas, mas abriu caminho para técnicos estrangeiros no Brasil.
Um balanço sobre os técnicos estrangeiros na Seleção
Todos os técnicos antes de Carlo Ancelotti tiveram uma participação breve e quase que interina. O italiano Ancelotti, por outro lado, chegou com muito prestígio e como nome certo para ser o primeiro estrangeiro a dirigir o Brasil em uma Copa do Mundo.
Contudo, o retrospecto geral dos estrangeiros antes de Ancelotti é bastante positivo: em sete partidas somadas entre Ramón Platero, Joreca e Filpo Núñez, foram cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota. Esse histórico mostra que, mesmo em passagens curtas, os treinadores de fora conseguiram entregar resultados consistentes.
Favoritos da Copa do Mundo 2026
Com a vaga já garantida na Copa do Mundo de 2026, o Brasil desponta como um dos favoritos para o torneio a ser realizado nos Estados Unidos, Canadá e México. Os pentacampeões mundiais aparecem bem cotados ao lado da Espanha, atual campeã europeia, além de França, Inglaterra e Argentina.
A Copa do Mundo FIFA de 2026 será realizada de 11 de junho a 19 de julho de 2026 e marcará a primeira edição com 48 seleções participantes, distribuídas em 12 grupos de quatro times. O torneio será sediado por três países da América do Norte — Estados Unidos, México e Canadá — e contará com 16 cidades-sede no total: 11 nos Estados Unidos, 3 no México e 2 no Canadá.
As partidas do Mundial serão distribuídas de forma regionalizada para facilitar a logística das equipes e torcedores. A abertura oficial ocorrerá no Estádio Azteca, na Cidade do México, enquanto a grande final será disputada no MetLife Stadium, em Nova Jersey.
O sorteio dos grupos da Copa do Mundo 2026 acontecerá em 5 de dezembro de 2025, em Washington, capital dos EUA.
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