Após 188 partidas, a Champions League (Liga dos Campeões da Europa) 2024/25 chega à sua grande decisão no próximo sábado (31 de maio), em Munique, colocando frente a frente Paris Saint-Germain e Inter de Milão.
Enquanto o time francês busca sua primeira “orelhuda”, como é chamada a taça da Champions, os nerazzurri querem o tetracampeonato, já que venceram em 1963/64, 1964/65 e 2009/10.
Para celebrar esta inesquecível edição, vamos relembrar agora seus 10 melhores jogos — com vários deles protagonizados pelos finalistas, é claro.
10. Liverpool 0x1 PSG (1×4 nos pênaltis)
Despontando como favorito ao título da Champions após liderar a primeira fase com sete vitórias e apenas uma derrota, o Liverpool ainda venceu a ida contra o PSG, em Paris, por 1 a 0, gol de Elliott no fim do jogo.
Acontece que o time francês, que fora apenas 15º colocado na fase de liga e precisara passar pelo Brest (10 a 0 no placar agregado) no playoff de acesso às oitavas de final, não estava morto.
Dembélé, destaque absoluto na temporada do PSG, com 33 gols e 13 assistências, abriu o placar logo no início em Anfield, casa dos Reds. A partir daí, as duas equipes tiveram várias chances de marcar, mas a partida se encaminhou mesmo para a decisão por pênaltis.
Foi quando Darwin Núñez e Curtis Jones desperdiçaram suas cobranças (apenas Salah marcou para o Liverpool), e Vitinha, Gonçalo Ramos, Dembélé e Doué colocaram o PSG nas quartas de final.
9. Atlético de Madrid 1×0 Real Madrid (2×4 nos pênaltis)
O Real Madrid, dono de 15 taças de Liga dos Campeões, ficou apenas em 11º lugar na primeira fase e precisou disputar o playoff de acesso às oitavas de final contra o Manchester City. Após duas vitórias (3 a 2 fora e 3 a 1 em casa), os merengues marcaram encontro com o rival Atlético de Madrid.
Na ida, no Santiago Bernabéu, vitória por 2 a 1, gols de Rodrygo e Brahim Díaz, com Julián Álvarez descontando. A volta, no estádio Metropolitano, casa do Atleti, começou com gol de Gallagher antes do primeiro minuto. No segundo tempo, Vinicius Júnior teve a chance de empatar, mas desperdiçou pênalti.
O 1×0 persistiu no placar e levou a decisão da vaga às quartas de final para a disputa de pênaltis. Apenas Sorloth e Ángel Correa marcaram pelo Atlético de Madrid, que viu Julián Álvarez e Llorente perderem suas cobranças. Pelo Real, Lucas Vázquez desperdiçou, mas Mbappé, Bellingham, Valverde e Rüdiger colocaram os blancos na fase seguinte.
8. Aston Villa 3×2 PSG
Campeão da Champions em 1981/82, o Aston Villa voltava a disputar a principal competição de clubes do mundo após 42 anos. O oitavo lugar na fase de liga garantiu vaga direta às oitavas de final, quando eliminou o Club Brugge com duas vitórias (3×1 na Bélgica e 3×0 na Inglaterra).
Nas quartas, contra o PSG, que havia tirado o Liverpool, o Villa ainda saiu na frente mesmo jogando no Parc des Princes, com gol de Rogers, mas levou a virada para 3 a 1, obra de Doué, Kvaratskhelia e Nuno Mendes.
No Villa Park, na volta, a impressão de que o Aston Villa já estava batido foi reforçada quando o PSG abriu 2 a 0 antes dos 30 minutos de jogo, com gols de Hakimi e Nuno Mendes.
No entanto, a partir daí, o time inglês imprimiu uma recuperação incrível e virou para 3 a 2, com gols de Tielemans, McGinn e Konsa. A virada épica que se avizinhava, no entanto, parou por aí, e o PSG seguiu em frente para enfrentar outro inglês, o Arsenal, na semifinal.
7. Inter de Milão 2×2 Bayern de Munique
Os gigantes Inter de Milão e Bayern de Munique se encontraram nas quartas de final após eliminarem, respectivamente, Feyenoord e Bayer Leverkusen. Os nerazzurri, em busca da quarta taça de Champions, venceram por 2 a 0 na Holanda e 2 a 1 na Itália, ao passo que os bávaros, donos de seis títulos, triunfaram em casa por 3×0 e fora por 2×0.
Na ida, em Munique, a Internazionale surpreendeu e venceu por 2 a 1, com partidaça do seu sistema defensivo e gols de Lautaro Martínez e Frattesi — o ídolo bávaro Thomas Müller descontou.
Como era de se esperar, o Bayern de Munique foi para cima no Giuseppe Meazza e abriu o placar com Harry Kane no segundo tempo. A Inter, no entanto, fez valer sua força jogando em casa e virou com dois gols em três minutos, obra de Lautaro Martínez e Pavard.
Logo depois, Eric Dier empatou para os alemães, que passaram a massacrar os nerazzurri, mas não conseguiram a virada que levaria o jogo para a prorrogação, mesmo terminando a partida com incríveis 20 finalizações. A Inter então seguiu seu curso rumo à semifinal, fase em que enfrentaria outro gigante, o Barcelona.
6. PSG 2×1 Arsenal
Em busca da primeira taça de Liga dos Campeões da Europa, PSG e Arsenal começaram a disputa por uma vaga na semifinal no Emirates Stadium, em Londres, onde o time francês venceu por 1 a 0, gol de Dembélé logo aos quatro minutos de jogo.
Aquele era o segundo encontro dos dois times nesta edição da Champions. No primeiro, também no Emirates, mas pela fase de liga, melhor para os Gunners, que venceram por 2 a 0, com gols de Havertz e Saka.
O terceiro episódio da trilogia aconteceria no Parc des Princes, onde o PSG abriu o placar no primeiro tempo, com Fabián Ruiz, e ampliou na etapa final, com Hakimi.
Quando o Arsenal já era dado como morto, Saka descontou, iniciando uma pressão avassaladora do time inglês, que precisaria virar para forçar a prorrogação. Apesar do volume de jogo, os Gunners não conseguiram sequer empatar, e o PSG garantiu vaga na segunda decisão de Champions de sua história.
5. Arsenal 3×0 Real Madrid
Quando o maior campeão da Champions, com 15 taças, entra em campo por um mata-mata, é esperado que o favoritismo esteja ao seu lado, ainda mais contra um adversário que nunca sentiu o gostinho da glória continental. O que se viu em Londres, no entanto, foi um passeio do Arsenal, que venceu por 3 a 0 e deu um enorme passo para avançar à semifinal.
A partida já avançava pelo segundo tempo quando Declan Rice fez dois gols antológicos de falta, daqueles que serão lembrados por muito tempo. Minutos depois, Merino deu números finais à vitória no Emirates Stadium.
No jogo de volta, no Santiago Bernabéu, novo triunfo dos Gunners. Saka, que perdera pênalti no primeiro tempo, abriu o placar na etapa final. Vinicius Júnior chegou a empatar para o Real, mas outro brasileiro, Gabriel Martinelli, estufou a rede para decretar o 2 a 1 a favor do Arsenal, que seguiu para enfrentar o PSG na semifinal.
4. Manchester City 2×3 Real Madrid
Campanhas ruins na fase de liga fizeram com que Manchester City e Real Madrid tivessem um encontro precoce, no playoff de acesso às oitavas de final. O City, com a 22ª melhor campanha, recebeu os merengues, que amargaram o 11º lugar, no Etihad Stadium para iniciar a disputa.
Já no primeiro tempo, Haaland colocou o time da casa em vantagem. Mbappé empatou ainda na etapa final, mas o centroavante norueguês marcou de novo e decretou o 2 a 1.
Foi aí que o Real mostrou a força de quem já levantou 15 taças de Liga dos Campeões. Quando o empate parecia ser o melhor resultado possível, eis que o time merengue marcou aos 41 minutos e aos 47, com Brahim Díaz e Mbappé, e voltou para Madri com um saboroso 3 a 2. No jogo de volta, um tranquilo 3 a 1, com direito a hat-trick de Mbappé, selou a classificação.
3. Benfica 4×5 Barcelona
Nove gols, hat-trick e virada aos 51 minutos do segundo tempo. Se houvesse premiação para jogo mais “maluco” da temporada, este Benfica 4 a 5 Barcelona teria sido escolhido.
O time português recebeu os culés na sétima rodada da fase de liga ainda buscando vaga nas oitavas de final da Champions. Empurrado pela torcida no Estádio da Luz, o Benfica abriu 3 a 1 no primeiro tempo, com três gols de Pavlidis — Lewandowski descontou.
A etapa final guardava ainda mais cinco bolas na rede. Raphinha diminuiu para o Barcelona aos 19 minutos, mas o Benfica recuperou os dois gols de vantagem quando Ronald Araújo marcou contra, logo depois. A vitória portuguesa, que parecia encaminhada aos 33 minutos do segundo tempo, passou a ficar em dúvida quando Lewandowski descontou de pênalti.
Eric Garcia empatou para o Barcelona aos 41 e calou a Luz. O Benfica, que precisava do resultado para avançar às oitavas, foi com tudo para cima e chegou bem perto de marcar no último lance, mas o contra-ataque gerado na sequência terminou com Raphinha fuzilando o goleiro Trubin para decretar a virada histórica: 5 a 4.
2. Barcelona 3×3 Inter de Milão
O Barcelona chegava para iniciar a disputa por uma vaga na final da Champions ainda extasiado com a vitória por 3 a 2 sobre o Real Madrid na final da Copa do Rei, jogada quatro dias antes. Time mais badalado da temporada europeia, o Barça era franco favorito para vencer a Inter de Milão, ainda mais por atuar em casa.
Visitante indigesto, que já vencera o Bayern em Munique nas quartas de final, o time italiano abriu 2 a 0 já no início do primeiro tempo, com gols de Thuram e Dumfries. O Barcelona logo se recompôs e empatou ainda na etapa inicial, obra de Yamal e Ferrán Torres.
A virada culé, que parecia se avizinhar, foi brecada aos 19 minutos do segundo tempo, quando Dumfries marcou novamente. A vantagem, porém, só durou um minuto, já que Raphinha acertou um chutaço no travessão, mas a bola bateu nas costas do goleiro Sommer e entrou: 3×3.
A partir daí, o jogo ficou muito aberto, com chances para os dois lados — a Inter chegou a ter um gol anulado pelo VAR —, mas o placar se manteve, deixando a disputa por um lugar na decisão da Champions totalmente indefinida.
1. Inter de Milão 4×3 Barcelona
Após o jogaço protagonizado por Internazionale e Barcelona no estádio Lluís Companys, na Espanha, se enganou quem imaginou que os times iniciariam a partida de volta de forma mais conservadora. Os nerazzurri abriram o placar aos 21 minutos, com Lautaro Martínez, e ampliaram ainda no primeiro tempo, após Calhanoglu marcar de pênalti.
Assim como na partida de ida, o Barcelona se via no Giuseppe Meazza com dois gols de desvantagem — e mais uma vez os culés encontraram forças para voltar para o jogo. Eric Garcia e Dani Olmo marcaram em sequência e empataram antes dos 15 minutos da etapa final.
Coube a Raphinha, que terminaria a Champions como artilheiro, com 13 gols, decretar a incrível virada aos 42 minutos. Quando a vitória do Barcelona parecia certa, inclusive com bola na trave de Yamal já nos acréscimos, a Inter contou com um herói improvável, o zagueiro Acerbi, para empatar aos 48 e forçar a prorrogação.
Frattesi, outro que não está tão acostumado aos holofotes, recolocou a Inter em vantagem aos nove minutos do tempo extra. A partir daí, o que se viu foi uma avalanche do Barcelona, mas a Inter conseguiu se defender bem e garantiu vaga na decisão, contra o PSG.
