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A Audi dará certo na Fórmula 1?

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Nos últimos anos, a Fórmula 1 vem fazendo cada vez mais sucesso e, consequentemente, atraindo os olhares dos fãs de esporte ao redor do planeta. E isso é perceptível não somente com os números de audiência global, mas também com os números de novos investidores que se mostram interessados no esporte. E um desses novos investidores da F1 é a Audi, empresa alemã que se juntará ao grupo de construtores na temporada de 2026.

Veja o texto a seguir para conhecer mais sobre esse projeto e como ele atuará. Além disso, descubra um pouco da sua história e a ligação que ela possui com o mundo do automobilismo.

O surgimento da Audi e relação com o automobilismo

Em primeiro lugar, é importante destacar que a companhia possui uma origem um pouco complicada e até confusa. Isso porque ela é resultado da fusão de duas outras empresas, a Auto Union e a Volkswagen. A Auto Union que, por sua vez, teve sua criação vinculada ao engenheiro  August Horch no início do século 20.

Inicialmente, nos primórdios da Audi, muitos dos seus veículos e fabricações eram peças de luxo. Aliás, em tese, a maioria deles ainda é, tanto que ela possui um forte nome nesse tipo mercado. Todavia, a partir de 1981, passou a fazer um investimento maior em carros de corrida e, hoje em dia, é possível ver a famosa marca em vários campeonatos e torneios ao redor do planeta.

Alguns dos principais eventos em que a pudemos observar nas pistas foram:

  • Fórmula E;
  • DTM;
  • Rally Dakar;
  • Campeonato Mundial de Rally.

Sendo assim, antes de a vermos na pista nas próximas temporadas, saiba que não estamos lidando com um grupo sem experiência nesse ramo.

Como a Audi e a F1 cruzaram caminhos?

Caso você tenha achado a história da Audi em si difícil, sua entrada na Fórmula 1 talvez não seja um processo tão simples de entender também. Isso porque, em tese, a empresa alemã na categoria será a Sauber.

Explicando de forma mais clara, a Sauber é uma construtora que já está na F1 desde 1993, no entanto, daqui a dois anos ela terá todos os seus direitos comprados justamente pela Audi e, com isso, os alemães serão donos majoritários do time. A partir daí, haverá mudanças no seu próprio nome, que virará “Audi F1 Team”.

Esse procedimento não é incomum de acontecer na modalidade, aliás, quase todas as equipes passam por uma situação similar a essa ocasionalmente. A própria Sauber, até a temporada de 2023, era “Alfa Romeo”.

Qual o grande motivo disso ocorrer?

Mas, afinal, qual a principal razão por trás desse movimento complexo? Embora até agora não haja nenhuma confirmação sobre esse tema, muito provavelmente tem haver com o cenário de 2026.

Isso porque, a partir desse ano, as unidades de potência dos carros da F1 apresentarão maior potência elétrica e serão 100% sustentáveis. Sustentabilidade que, por sinal, é algo que compactua com os valores da Audi e, de acordo com a plataforma Autosport, foi um diferencial para a empresa se juntar ao campeonato.

No entanto, também de acordo com a Autosport, há uma outra questão de competitividade envolvida. Em entrevista que o portal fez com o ex-CEO da fábrica da Alemanha, Herbert Diess, ele menciona que a F1 pode ajudar a companhia a vencer os rivais Daimler e BMW nos showrooms nos próximos tempos.

Quais são os pilotos da Audi na F1 em 2026?

E quanto aos pilotos? Já existem nomes certos que irão correr pela construtora? Por enquanto, uma vaga está preenchida e a outra continua em aberto.

No caso, aquele que é uma certeza até agora é o alemão Nico Hulkenberg. Nico, por enquanto, está na Haas e é um dos nomes mais experientes de todo o circuito hoje, além de fazer um belíssimo 2024. Desde abril já se sabe da sua partida e, segundo o site da própria Fórmula 1, ele recebeu uma proposta quase irrecusável.

Já o segundo nome da escuderia ainda é uma incógnita. Vários já pintaram como possíveis candidatos, inclusive o brasileiro Gabriel Bortoleto, mas nada oficial ainda foi divulgado. Segundo Mattia Binotto, CEO da Audi F1 Team, a data para a escolha do companheiro de Hulkenberg será provavelmente em meados de novembro.

O que esperar da Audi agora?

Considerando todos os aspectos que cercam a chegada da empresa, é provável que, em 2025, a ainda Sauber tenha uma presença mais “discreta” entre as demais construtoras. Afinal, o plano parece ser esperar até 2026, com a mudança de regulamento, para criar um carro mais competitivo.

Sendo assim, a curto prazo, dificilmente a veremos no pelotão da frente da categoria. Um cenário bem parecido com o da Mercedes que, após retornar em 2010, ficou no meio da classificação geral durante um tempo antes de despontar de vez.

Resta saber, todavia, se a Audi possuirá a mesma capacidade da Mercedes em executar esse planejamento.